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Guia da saúde sexual

Guia da saúde sexual

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por Carolina Mouta | 02/02/2010

saude_sexual.jpgO Carnaval está aí! Conheça os perigos aos quais você está exposta e saiba se prevenir


Já parou para pensar que, mesmo em um relacionamento fixo, você está exposta a um monte de doenças? Imagine em encontros casuais! Pois é, milhares de vírus e bactérias estão por aí, prontos para entrar em um corpo descuidado. Por isso, é importante estar informada e atenta sobre sua saúde íntima.

O Dr. Amaury Mendes Junior preparou um guia com as principais doenças que você pode adquirir em um relacionamento. Preste bastante atenção aos sintomas, gravidade e tratamento. E passe estas informações adiante!

AIDS – A síndrome da imunodeficiência adquirida é produzida por um retrovírus que contamina os sistemas de defesa do organismo. Caracteriza-se pela diminuição das defesas do corpo e pelo aparecimento das doenças oportunistas. A infecção pode ser assintomática até surgir a AIDS como manifestação tardia. O tempo de progressão é variável, pois a maioria dos adolescentes e adultos permanece longos períodos assintomáticos, no entanto a replicação viral é ativa durante todos os estágios. O diagnóstico deve ser precoce antes do desenvolvimento dos sintomas, pois os tratamentos disponíveis retardam o declínio do sistema imunológico. A maioria dos casos de infecção nas mulheres se deve à via de transmissão heterossexual, sendo a mulher quatro vezes mais suscetível que o homem.

A maioria das mulheres com AIDS é jovem. Cerca de 1/3 tem entre 20 e 29 anos de idade quando do diagnóstico, sugerindo que muitas ainda eram adolescentes quando houve a contaminação pelo HIV, visto que o período médio de incubação é de aproximadamente dez anos.

O uso de preservativos é essencial para evitar o contágio, assim como os exames de prevenção que devem ser realizados semestralmente. O tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, psicólogos, psiquiatra, assistente social para uma melhor orientação. Mulheres que sofrem estupro, além dos cuidados para outras DSTs, devem receber a quimioterapia para o HIV. Os pares devem pensar sempre na possibilidade do exame de sangue para um relacionamento mais seguro e não dispensar o uso de preservativos.

CANDIDÍASE – Não é uma DST, mas está associada à presença de outras DSTs. É uma vulvovaginite causada por um fungo, que causa corrimento vaginal, prurido e irritação. Acredita-se que 75% das mulheres apresentarão pelo menos um a dois episódios durante a vida. A Cândida abicans faz parte da flora vaginal sofrendo influências hormonais, orgânicas e psíquicas. A simples presença da levedura na ausência dos sintomas não deve ser tratada. Evite o uso freqüente de roupas muito apertadas. Protetores íntimos e calcinhas sintéticas ajudam a abafar a vulva e aumentar a umidade local. O diagnóstico é feito pela presença de uma secreção branca grumosa, como nata de leite, prurido e ardor e/ou pelo exame de Papanicolau. O tratamento é com cremes vaginais à base de clotrimazol, miconazol e nistatina associado a medicamento via oral para o casal. O tratamento em dose única (óvulo vaginal) deve ser reservado para os casos não complicados.

CLAMÍDIA – Importante causador de infertilidade, pois é freqüentemente assintomática. É causada por um bacilo que parasita exclusivamente os seres humanos (Clamydia trachomatis), sendo responsável por 50% das uretrites não gonocócicas. Causa corrimento fétido e doenças inflamatórias da pelve, que se não tratadas, levam à esterilidade. O diagnóstico laboratorial é feito pela cultura de secreção vaginal e o tratamento consiste na antibioticoterapia dose única para o casal (azitromicina, doxicilina, tetraciclina, ofloxacina).

CONDILOMA (PAPILOMAVÍRUS HUMANO) – É a DST viral mais freqüente, tem uma infectividade de 25 a 65%, sendo reconhecido cerca de 100 sorotipos diferentes e cerca de 1/3 destes infectam o trato genital. A OMS estima cerca de 30 milhões de casos novos por ano. A infecção alcança 40% de pacientes abaixo dos 20 anos e após os 35 a prevalência diminui para 10%. A incidência de HPV diminui com a idade, mas o período de incubação é extremamente variável, indo de duas semanas até cerca de oito meses. Os fatores que facilitam o crescimento dos condilomas (verrugas) são a má higiene, gravidez, uso de contraceptivos orais, baixa de defesa, tabagismo, umidade genital e outras infecções genitais associadas. A forma clínica mais evidenciável a olho nu é o condiloma acuminado que surge na vulva e região ano-genital e representa apenas 3% dos casos. Identifica-se o HPV pelos exames de Papanicolau, colposcopia e captura híbrida. Os sintomas podem incluir uma intensa secreção vaginal, prurido, dor ao coito e sangramentos. Cerca de 75% dos companheiros de mulheres com HPV também podem apresentar o vírus, devendo ser analisados também.

Nenhum tratamento erradica totalmente o vírus, e o objetivo é remover as lesões, tratar as lesões associadas e aumentar a defesa. O sexo deve ser protegido com preservativos e deve haver controle citológico rigoroso. Pode ocorrer regressão espontânea em 25% dos casos em três meses, e 60% em um ano.

GARDNERELLA VAGINALIS – A Gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal normal na maioria das mulheres sexualmente ativas. Surge quando ocorre um desequilíbrio dessa flora (outras infecções, uso de antibióticos, estresse, depressão, gravidez), causando um quadro chamado vaginose bacteriana (usa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre uma verdadeira infecção dos tecidos vaginais). Manifestações clínicas podem não ocorrer ou então surgir um quadro de corrimento amarelado com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo desagradável. Após uma relação sexual, com a presença do esperma (de pH básico) no ambiente vaginal, costuma ocorrer a liberação de odor semelhante ao de peixe podre.

Nos homens, pode ser causa de uretrite assintomática e raramente necessita de tratamento. Porém, em mulheres, causa infecções nas trompas, podendo levar à esterilidade e nas grávidas pode causar o rompimento da bolsa de água, e também pelo exame de Papanicolau com a identificação de clue-cells. O diagnóstico pode ser feito pelo teste de odor da secreção vaginal com adição de solução de hidróxido de potássio a 10%. O período de incubação pode chegar a 21 dias e o tratamento é feito à base de antibiótico oral e creme vaginal.

Quando você conhece alguém interessante, o primeiro passo, depois da conversa, é o beijo. Uma intensa troca de fluidos é feita. E no meio da saliva lá vai ele: o vírus da mononucleose, conhecida como a doença do beijo. O diagnóstico é feito por detecção sorológica de anticorpos no sangue e pelo aparecimento de gânglios na região cervical.

"Quase 90% dos adultos são soropositivos. Isto significa que em quase todos os adultos, um dos episódios de "gripe" que tiveram nas suas infâncias ou adolescência foi antes, certamente, mononucleose infecciosa", esclarece o Dr. Amaury Mendes Junior, médico ginecologista e especialista em terapia sexual, que aconselha logo: "Cuidado antes de sair por aí beijando todo mundo!".

“O casal que se respeita e pretende criar laços afetivos deve ter o hábito de consultar juntos o médico no início de um relacionamento, para receber orientação e fazer exames”

Cuidados triplicados

Passada a fase dos beijinhos – que também tem o fantasma dos populares "sapinhos" -, vem a etapa da relação sexual. Aí o cuidado precisa ser triplicado. As principais doenças sexualmente transmissíveis são sífilis, gonorréia, cancro mole, linfogranuloma venéreo, clamídia, micoplasma, herpes simples 1 e 2, Papilomavírus (HPV) e HIV. Muitas vezes elas são assintomáticas e, por isso, os exames são fundamentais. Segundo o especialista, a prevenção e o controle das DSTs devem ser baseadas em princípios básicos como educação, detecção dos portadores sintomáticos e assintomáticos, diagnóstico e tratamento, avaliação e tratamento dos parceiros e vacinação para prevenção.

É muito importante que o casal tenha o hábito de conversar sobre as doenças, a saúde íntima de cada um e a forma de higienização. "O parceiro é corresponsável na disseminação das DST/AIDS, por este motivo a mulher não deve se omitir ou se melindrar em exigir o uso de preservativos e de um exame sanguíneo comprobatório de saúde física de seu par. O casal que se respeita e pretende criar laços afetivos deve ter o hábito de consultar juntos o médico no início de um relacionamento, para receber orientação e fazer exames se necessário", aconselha o Dr. Amaury.

Fonte: http://www.bolsademulher.com/sexo/guia-da-saude-sexual-55397.html

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