O dia em que apresentei a ele meu vibrador

O dia em que apresentei a ele meu vibrador

Você, ele e o seu melhor amigo (motorizado) numa mesma cama. Será que seu amor toparia essa ousadia erótica? Juliana*, de 27 anos, pagou para ver e… aproveitou um ménage à trois inesquecível.

Texto Amora Fortes e Letícia Pauli / Foto Karine Basilio

Sempre me considerei uma mulher satisfeita sexualmente. Namoro o Pedro* há três anos, e nossas transas sempre foram beeem quentes, obrigada. Claro que, vez ou outra, uma lingerie mais sexy ou um banho à luz de velas faziam toda a diferença… Mas a coisa entre a gente pegava fogo tão rápido que, quando me dava conta, já via estrelas. Agora, quando não tinha meu bonitão por perto, me divertia com o chuveirinho. Como boa virginiana, nunca gostei de misturar as estações: deixava meu sexo solo de um lado, o sexo a dois do outro. E tudo continuaria assim não fosse minha melhor amiga resolver casar.

Explico! É que, em vez de chá-de-cozinha, ela armou um chá-delingerie. Mal-intencionada como só a Marcela* sabe ser, pediu que as madrinhas fossem a uma sex shop escolher presentes para ela. Achei o máximo! Nunca havia pisado em uma e encontrei um ótimo pretexto. Me divertia no corredor das fantasias quando dei de cara com uma pilha de caixas de brinquedos eróticos. O que mais chamou a minha atenção foi um estimulador clitoriano em forma de borboleta de plástico cor-de-rosa. O nome? Venus Butterfly. O slogan: Jelly, soft and powerful. Traduzindo: gelatinoso, macio e poderoso. Confesso que sempre tive curiosidade de experimentar o tal poder de um vibrador. Só faltava oportunidade… E eis que ela surgiu! Pedi para embalar, apoiada no álibi de que era para a noiva. Menti. Mulher moderna de meia-tigela, não me senti à vontade para admitir à vendedora que estava levando para uso próprio. Comprei também uma lingerie vermelha — essa, sim, de presente. Cheguei em casa mais empolgada do que quando adquiri um celular com filmadora. Me tranquei no quarto, li as instruções de uso, ajeitei lá embaixo e… ui, ai, céus, fui ao paraíso uma, duas, três vezes.

* Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos entrevistados

Desde então, passei a criar fantasias a respeito de… sexo a três. Eu, o Pedro e a borboletinha. Problema era falar do assunto com ele. E se o meu lindo se sentisse ofendido? E se entendesse tudo errado e achasse que eu estava insatisfeita com o seu desempenho? Talvez fosse melhor deixar a história só entre mim e a Marieta, apelido que dei à minha amiga íntima. Fato é que, durante uma semana, não larguei a nova diversão. Me empolguei a ponto de decidir sondar o terreno. Num jantar a dois num restaurante tailandês, lancei a isca: “Amor, estava lendo uma reportagem na NOVA sobre vibradores. O que você acha?” A resposta: “É coisa para mulher que não tem namorado, não é?” Xiii, começou pior do que eu imaginava… “Você vai tomar cerveja ou vinho?”, emendei.

Não me dei por vencida e tratei de arrumar uma abordagem mais sutil e… que rendesse melhores resultados, oras! O aniversário dele veio a calhar. Planejei uma noite sensorial a dois, cuja intenção secreta era introduzi- lo, gradativamente, no mundo dos acessórios eróticos. Voltei à sex shop e levei um arsenal de géis: com gosto de morango, que esquenta, que provoca arrepios… Ele adorou. Empolgada com o sucesso da primeira parte da estratégia, prometi que, a partir daquela noite, começaríamos uma maratona de novidades sexy. Para minha surpresa, o Pedro entrou na onda. Me vesti de poderosa do funk, comprei uma coleção de camisinhas divertidas e, enfim, chegou a noite em que a Marieta entraria em ação. O que me deixou mais confiante foi o fato de ela não ter formato nada fálico (um pênis gigante seria fim de namoro na certa!). Lancei: “A experiência de hoje é motorizada”. Mas o Pedro não é bobo… “O que é isso, um vibrador?”, perguntou, rindo. “Uma espécie… Na verdade, é um estimulador clitoriano.” Quando vi, a Marieta já estava ligada (homens adoram gadgets eletrônicos). Uau! Deitei na cama e ele a encostou no clitóris. Mudou a velocidade, acelerou, desacelerou, pôs mais para baixo, mais para cima… Quando percebeu que eu me contorcia de prazer, ficou todo animado.

Com o pedro no controle, as sensações foram… inimagináveis. A cada manobra, uma surpresa diferente. Que preliminares… A certa altura, dispensamos a Marieta e curtimos o happy end a dois. Na noite seguinte, deixei a borboleta no criado-mudo, como quem não quer nada. Parti para a posição preferida dele: eu por cima. Durante o vaivém, enquanto ele me tocava, peguei o vibrador e sugeri que trocasse os dedos por ele. Menina, essa dupla estimulação foi diferente das outras. E o Pê me confessou mais tarde que, como não precisou usar as mãos, relaxou muito mais.

A fim de não viciar (ou não enjoar, vai saber), dei férias à Marieta por algumas transas e só resgatei-a do fundo da gaveta para fazer uma surpresa ao Pedro. Vendei os olhos dele e comecei uma massagem provocando meu bonitão com a Mari no períneo dele. O Pedro logo reconheceu a bichinha, mas não disse nem que gostou nem que não gostou. Partiu para cima, empolgado, tomando o brinquedo de mim. Mudamos para a posição cachorrinho, ele pressionou contra o meu clitóris, e foi aquela festa. Entendi o recado: podemos brincar, mas só em mim. Acho que não se sente à vontade sendo provocado por um motorzinho, ainda sem formato sugestivo. Não posso reclamar, porque ao menos ele não fez objeções a me dar prazer. O máximo! Cheguei a comprar para ele um controle remoto diferente. Contei que era para comandar a calcinha que usava. Meu gato não conteve a curiosidade e ligou no restaurante em que estávamos. Nem esperamos a sobremesa! Semana passada, cometi outra ousadia: adquiri um vibrador clássico, imitando o pênis. Não resisti.. Vou testar esta noite. Sozinha. Depois decido se apresento meu novo cúmplice secreto ao namorado ou não.

Fonte: http://nova.abril.com.br/edicoes/433/amor_sexo/o-dia-que-apresentei-a-ele-meu-vibrador.shtml

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