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Se despindo do pudor

Se despindo do pudor

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6135.jpgpor Therezinha Pamplona | 11/08/2010

Semana passada, meu namorado me levou a uma incrível descoberta: strip-tease é o maior barato! Tá bom, é um tanto besta essa conclusão. Mas só não é mais do que a minha falta de entendimento da coisa. Porque sempre que eu pensava no assunto, me vinha à mente uma imagem, confesso, um tantinho preconceituosa – logo eu, que me julgo tão aberta (não pensem besteiras!). Pensava logo numa coisa associada à vulgaridade ou então às pessoas com dotes artísticos específicos para a dança e o rebolado. E não sou só eu quem pensava assim! É ou não é? Vamos combinar que poucos são os que se arriscam a dar a cara e o corpinho a tapa num show íntimo, mesmo que a platéia seja ainda mais íntima. É necessária uma boa dose de desinibição, do espectador inclusive, mas depois que a brincadeira começa, sai – a roupa e a vergonha – de baixo. Eu, por exemplo, fui surpreendida por uma exibição incrível, que me deixou maluquinha. E cá no meu senso de justiça e curiosidade pelo desafio, prometi uma devolução na mesma moeda para o meu namorado.

Como não me sentia preparada para o papel, saí por aí comentando o assunto com pessoas que certamente me ajudariam e ouvi histórias e dicas ótimas. A que mais gostei e me encorajou foi a da Silvinha Donato, amiga e dona de um restaurante. Ela jogou por terra a imagem vulgar que me assombrava um pouco. "Ele sentava no piano e tocava uma música pra mim. Eu seguia o ritmo, dançando, tirando aos pouquinhos até ficar nua. Achava delicioso e superenvolvente", contou ela.

Silvinha fez surgir em minha mente uma cena chiquérrima. Era assim que eu queria me sentir para ter confiança e não me achar uma maluca exibicionista. Nem os casos desastrosos que ouvi depois aos borbotões, diga-se de passagem, me desanimaram. Sequer os que tinham pequenos acidentes domésticos como desfechos, como o da minha colega Valéria Steiniger. "Eu estava em cima da cama, de pé, tinha que me equilibrar, não encontrava um jeito de tirar a calça sensualmente. Fui tentar uma coisa mais ousada e fui direto no chão, com a roupa presa no pé. Acabou o clima todo, não precisa nem dizer", lembra a coitada.

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Mas quem me ajudou mesmo, em termos práticos, foi a Stella Alves, professora de artes sensuais. Trabalhando no ramo há alguns anos, ela reúne grupos de mulheres para aulas de pompoarismo e strip-tease. Stella me garantiu, com sua experiência, que qualquer pessoa é capaz de despertar a vedete sexy que traz em si. "A sensualidade não está na idade, nem na aparência, está na atitude. É uma questão de despertá-la. E o primeiro passo pra isso é se achar linda, ao máximo. Porque o strip-tease não é simplesmente tirar a roupa, tem um jogo sensual. O homem não vê estria, não vê celulite, ele vê o todo. E confiança, nesse processo, é fundamental", argumentou a expert.

Para minha estréia, Stella sugeriu escolher uma roupa fácil de tirar: uma camisa dele, daquelas de botão, com uma lingerie bem gostosa por baixo. Ou uma camisola com um penhoar, ou uma blusa-saia com meias sete oitavos. "Só cuidado com os acessórios que podem enroscar na roupa", alertou. Outras providências realmente imprescindíveis são baixar a luz e escolher uma boa música, pra criar o clima. Como meu namorado infelizmente não é pianista como o marido da Silvia, separei discos de blues e jazz que achei bacanas. Mas nada impede de você tascar um Kenny G e ir ser feliz.

Segundo a Stella, conhecer bem a música favorece a performance porque dá mais segurança ao jogo de corpo e à dançadinha. Mas não é só no corpo que deve ficar o lance. "O olhar é muito importante. Por ele você transmite o seu desejo pelo parceiro. Por isso, as peças devem ser tiradas olho no olho, nunca desviando para a roupa", recomenda Stella, que me chamou a atenção também para saborear especialmente momentos como o de abrir o zíper e desabotar.

Outra boa dica é a brincadeirinha de jogar uma ou outra peça de roupa nele, durante o show. Claro que uma camisa ou o sutiã, não vá detonar sua apresentação estilhaçando seu namorado com um scarpin voador. E, para terminar… a calcinha. Stella me sugeriu como estratégia, deixar essa última peça a cargo dele, para não correr o risco de ficar pelada sem saber o que fazer. É mesmo uma ótima forma de terminar o strip e de dar alguma interação para o espetáculo. "Daí pra frente é com vocês", encerrou ela.

Depois dessa aula, me senti totalmente encorajada. É claro que não se trata de uma tarefa simples para a maioria das pessoas, mas a idéia deve ser considerada. Porque, no final das contas, a autoestima de todo mundo se eleva e ainda dá uma providencial quebradinha naquele feijão-com-arroz diário. Agora, com licença, que vou retirar-me ao meu camarim. Desliguem seus celulares e pudores e bom espetáculo!

Fonte: http://msn.bolsademulher.com/sexo/se_despindo_do_pudor-4030.html

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