Em fevereiro deste ano, na semana do Valentine´s Day (o Dia dos Namorados em países da Europa e da América do Norte), um restaurante canadense liberou os banheiros para os clientes fazerem sexo. Nos clubes noturnos de Londres, os banheiros são unissex e é comum que casais usem esse espaço para soltar a libido. Mas será que fazer isso em um lugar público onde seja permitido (ou, pelo menos, tolerado) não acaba com o prazer? Segundo a sexóloga Ana Claudia Simão, depende de cada um. “O inesperado também faz parte do pacote e é gostoso. Não é apenas uma questão do risco de ser apanhado em flagrante”, diz ela.
Para a produtora Y., fazer sexo em um lugar público é muito mais aproveitar o momento do que um fetiche. “Eu gosto, mas depende do parceiro. O ideal é que as duas pessoas curtam”, afirma ela. “Quando morei em Londres, por exemplo, sexo no banheiro da boate era mais uma questão de praticidade. Não tinha motel e nem sempre dava para dormir fora de casa”, lembra. “Sempre é mais descontraído fazer isso fora do Brasil. Aqui, as pessoas são muito preconceituosas”, lamenta.
A libido não escolhe hora e lugar para se manifestar
Para Ana Claudia Simão, o clima do lugar e o perfil dos frequentadores podem facilitar a liberação do desejo. “Em uma boate, você tem o ambiente, a música e as pessoas que encontra. Esses são alguns fatores que deixam as pessoas mais soltas”, explica ela. “Mas a libido não escolhe hora nem lugar para se manifestar: pode ser no banheiro, na escada do prédio, no elevador e até em uma esquina”, conta Ana Claudia.
O publicitário X. é do tipo que adora surpreender e ser surpreendido. “Não é que eu só faça sexo em lugares públicos, mas poder satisfazer uma vontade que surgiu de repente é muito bom”, garante ele. “Já parei o carro no acostamento de uma pista movimentada, de madrugada, porque o clima esquentou, e minha namorada já me puxou para vários cantinhos sem que eu esperasse. Isso dá um tempero na relação”, revela ele.
Fonte: http://gnt.globo.com/Expressao/Materias/Sexo-em-lugares-publicos–fetiche-ou-desejo-incontrolavel-.shtml